Final Fantasy XIII-2 encontra-se disponível para a PS3 e para a XBOX360
desde Fevereiro, no entanto inúmeros jogadores ainda
se encontram indecisos quanto à compra do mesmo principalmente por
terem receio de que este jogo seja como o XIII, linear. Se és um desses então
todas as tuas dúvidas serão esclarecidas na análise que se segue.
História
A história tem inicio três anos após os eventos de Final
Fantasy XIII.
Serah encontra-se a viver em Bodhum, uma pequena ilha, onde Lighting
e Snow também viviam antigamente. Antigamente pois Lighting
encontra-se desaparecida desde há três anos enquanto que Snow partiu
em sua busca.
Os restantes nomeadamente Hope e Sazh, pois Fang e Vanille voltaram a
forma de cristal e encontram-se outra vez a proteger o pilar do ninho, seguiram
as suas vidas deixando para trás os demais.
Sendo assim tudo começa quando Serah tem um sonho no qual Lighting
encontra-se a combater Caius ( o antagonista deste jogo) e no meio do
mesmo surge Noel, ao qual Lighting pede que viaje no tempo e que traga a sua
irmã até aquele sitio pois afirma que ela é a única esperança para salvar o
Mundo. Basicamente este sonho corresponde nada mais nada menos do que
à parte inicial do jogo na qual assumimos o controlo da Lighting.
Sem entrar em mais pormenores o grande objectivo de Serah e de Noel
na história será sem dúvida alguma chegar à época onde se encontra Lighting e
mudar o futuro pois Noel apesar de viajar até à época de Serah, não faz a
mínima ideia de como regressar a Valhalla, local onde Lighting encontra-se a
lutar com Caius. Apenas sabe que existem vários portais espalhados pelas várias
cidades, que esses portais são abertos com certos fragmentos que se
encontram algures espalhados pelos demais locais, que esses portais podem os
levar a qualquer época e que a única maneira de chegarem a Valhala é irem
utilizando portais até terem a sorte de chegar ao destino que tanto anseiam.
Pode parecer algo confusa ou mesmo estranha a história ao princípio
pois o jogador permanece constantemente com várias dúvidas e cada vez mais com
questões por responder no entanto com o desenrolar da trama e à medida que se
aproximam do final tudo começa a tornar-se mais claro ou pelo menos assim
parece pois o final do jogo é completamente aberto sendo que é inevitável a
existência de pelo menos um DLC que continue a história, já que esta ao
terminarem o jogo mostra-se claramente incompleta. Ainda assim essa falta
de conclusão faz com que o final do jogo seja na mesma agradável pois sem
dúvida alguma o mesmo desperta uma enorme vontade de saber o que irá acontecer
a seguir.
Concluindo, a história apesar de ser bem mais simples do que a de
Final Fantasy XIII e de algumas partes terem sido exploradas de forma
incorrecta o que prejudica a qualidade da mesma, cumpre bastante bem o seu
papel não por apresentar um excelente conteúdo mas sim por as personagens do
jogo no geral serem muito carismáticas, pelo antagonista ser simplesmente um
dos melhores de sempre num videojogo e por ter algumas reviravoltas
principalmente no final que não são nada esperadas e que a tornam até bem
interessante.
Som
Com uma banda sonora de enorme qualidade, à excepção de um ou dois
temas que eram completamente dispensáveis já que não apresentam nenhuma
qualidade, e com vozes excelentes Final Fantasy XIII-2 em termos sonoros
encontram-se num patamar elevadíssimo.
Gráficos
A nível de gráficos sem dúvida que estamos perante um dos melhores
jogos desta geração. Com cenários bem coloridos com paisagens bastante
gratificantes, personagens muito bem feitas e uma atmosfera excelente é
impossível não ficar deslumbrado com a qualidade gráfica do mesmo. Ainda que a
maior parte do mérito vá para as cenas de corte, já que estas são capazes
de rivalizar jogos como Uncharted devido a sua enorme qualidade gráfica.
Jogabilidade
É neste aspecto que Final Fantasy XIII-2 realmente se destaca do seu
antecessor apresentando uma jogabilidade mais diversificada e mais envolvente
do que a de Final Fantasy XIII e uma liberdade muito maior, sendo que o
destaque vai mesmo para a liberdade pois agora para além de seguirmos a
história principal temos ao nosso dispor inúmeras missões secundárias que
implicam na maior parte das vezes que façamos viagens no tempo a
épocas que não necessitamos de ir para seguir a história principal e que se
destinam apenas a serem exploradas. No entanto e para acedermos a essas
épocas precisamos de entrar em certos portais e para abrirmos esses portais
necessitamos de certos fragmentos. Os fragmentos que servem para abrir portais
relevantes para a história são conseguidos durante a mesma, os demais
estão escondidos algures e servem apenas para acumularem e trocarem-nos por
habilidades especiais, à excepção dos fragmentos especiais que são
dez e que são utilizados para acederem às tais épocas às quais não irão aceder
durante a trama principal. Ao todo são 160 fragmentos por isso para aqueles que
gostam de explorar sem dúvida alguma que se sentirão reconfortáveis com esta
liberdade.
Relativamente ao sistema de combate este continua bastante semelhante ao de
Final Fantasy XIII, ou seja, tem 6 classes diferentes ( Commando: ataques
físicos, Ravager: magia, Saboteur: enfraquecer os inimigos, Synergist:
atribuir benefícios aos aliados tornando-os mais fortes , Sentinel:
proteger os aliados atraindo todas as atenções a si mesmo, Medic: curar os
aliados) que podem combinar das mais diversas formas de modo a abordarem os
mais variados inimigos sendo que a grande diferença vai para o facto de neste
jogo apenas controlarmos duas personagens em combate: Serah e Noel. No
entanto um Final Fantasy com apenas duas personagens seria muito difícil e é
por isso que foi introduzido uma opção bastante interessante e que aumenta em
muito a variedade do jogo, que consiste em recrutar monstros para a vossa
equipa. Basicamente ao travarem uma luta com determinados monstros se os vencerem
e obterem cinco estrelas na batalha o monstro poderá ser utilizado a partir daí
na vossa equipa, mas o que não pode ser esquecido é que nem todos os monstros
tem a mesma função, ou seja, uns são Ravager, outros Commando e por aí fora
sendo que os mesmos à semelhança das personagens podem evoluir
ficando ainda mais fortes. E por falar em evoluir, o Cristarium de Final
Fantasy XIII retoma no entanto com algumas diferenças o que de certa
forma facilita em muito a evolução das personagens, pois agora o Cristarium
encontra-se dividido em 6 partes (sem existir aquela complicação toda de o
cristal expandir-se) , cada uma destinada a uma diferente classe o que faz com
que quando queiram evoluir apenas a vossa personagem a nível de magias possam
gastar os vossos pontos ( que são conseguidos após cada batalha sendo que
quanto maior for a vossa classificação na mesma maior será o número de
pontos que obterão) apenas nessa secção e não nas demais. Outro aspecto
acerca do Cristarium é que ao gastarem pontos numa determinada classe
evoluem nessa classe do nível 1 para o nível 2 sendo que sempre que o fizerem
evoluíram um nível até chegarem ao nível 99 que é o nível máximo em cada classe
e que com um pouco de esforço é relativamente fácil de chegarem.
Quatro outras novidades presentes neste jogo são o facto de termos
puzzles ao longo da aventura, algo que não acontecia no XIII; de termos ao
nosso dispor uma pequena criatura ( Moogle) que nos ajudará a aceder a áreas as
quais não conseguimos aceder e a encontrar objectos nomeadamente fragmentos; de
podermos escolher em várias partes da história entre 4 opções de diálogo o que
é uma mais valia ao jogo mas não muda em nada a história; e a termos nove
finais alternativos para desbloquear a seguir a completarmos o jogo. A seguir a
terminarmos o jogo pois só aí é que teremos um objecto que se equiparmos fará
com que certos acontecimentos na história mudem, como por exemplo, num boss do
jogo não ser necessário derrotá-lo pois ele é demasiado forte e agora com o objecto
já ser possível.
Por fim relativamente
aos defeitos presentes na jogabilidade os únicos que se podem apontar são o
facto de a câmara às vezes em conversa com algumas pessoas ficar fixa
e nem sempre isso resultar muito bem e o sistema de combate apesar de ser
excelente ser por turnos o que pode cansar algumas pessoas ainda que o mesmo
até seja bastante variado.
Pontos Fortes
- Grafismo de luxo
- Som excelente
- Som excelente
- Sistema de combate complexo e com grande qualidade
- Exploração é muito bem vinda
- Sistema de diálogos com escolhas é uma mais valia
- Caius cumpre muito bem o seu papel como Antagonista
- Serah consegue aguentar o protagonismo ainda que seja incapaz de
rivalizar com Lighting
- Final impressionante
Pontos
Fracos
- História podia ser mais complexa
- Algumas escolhas na história não foram as melhores
- Uma ou duas músicas eram desnecessárias pois não apresentam nenhuma
qualidade
- Sistema de combate pode tornar-se chato para algumas pessoas por ser de
turnos
- A câmara por vezes não resulta muito bem em alguns diálogos
Verídico
História: 8.7 ( Uma história de
qualidade com vários momentos épicos mas que ainda assim peca em algumas partes
principalmente pela ideia de viagens no tempo não ter sido explorada da melhor
forma)
Som: 9.5 ( Vozes excelentes e música de enorme qualidade constituem Final Fantasy
XIII-2)
Gráficos: 9.8 ( Simplesmente espectaculares!)
Jogabilidade: 9.0 ( Sistema de combate de qualidade, exploração, puzzles, opções de escolha de
diálogos, missões secundárias viciantes tornam esta experiência muito variada e
empolgante)
Nota Final: 9.1 ( Final Fantasy XIII-2 possui alguns defeitos bem visíveis mais
ainda assim é sem dúvida alguma superior ao seu antecessor sendo uma
experiência muito recomendada e que agradará à maior parte dos fãs tanto de
Final Fantasy XIII como da série em geral. Por isso se ainda não jogaste de que
é que estás à espera?)
Escrito por: Leandro Baptista
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