sábado, 17 de novembro de 2012

Catherine Análise


História

Em Catherine assumimos o papel de Vincent, um homem de 32 anos de idade, que vive a vida de forma tranquila juntamente com a sua namorada, Katherine, de 32 anos de idade também. No entanto, um dia, Katherine decide pedir-lhe em casamento uma vez que sente que chegou a altura de avançar com a relação. Isto faz com que Vincent fique um pouco perturbado e preocupado pois na sua opinião quando numa relação as coisas correm bem é melhor não dar um passo em frente já que esse, na sua perspectiva, pode levar ao fim de uma relação.



Sendo assim os dois acabam por ter uma pequena discussão, o que leva Vincent a passar o resto da tarde e a noite a beber num bar (local onde costuma a encontrar-se várias vezes com os seus amigos à noite) de forma a retirar esse “peso” da sua consciência.
Por outro lado a situação agrava-se para o lado de Vincent quando o mesmo conhece, à noite no bar, uma bela jovem de 20 anos que por coincidência chama-se Catherine. O problema é que Vincent, por ter abusado do álcool nesse mesmo dia, no dia seguinte não se lembra do desenlace da noite anterior e por isso surpreende-se ao acordar e encontrar Catherine na sua cama. Esta situação não vem mesmo nada a calhar e como tal Vincent opta por esconder à Katherine esta “pequena traição”.



Todavia as coisas complicam-se ainda mais quando Vincent começa a ter pesadelos, todos os dias, bastante estranhos em que tem que escalar blocos e blocos para chegar ao topo de uma torre. Nesses mesmos pesadelos existem ovelhas por todas as partes, que ainda por cima falam. E, mais sobrenatural que tudo o resto, Vincent é questionado por uma espécie de Diabo que faz-lhe pequenas perguntas sobre relações e traições ou outros assuntos inter-relacionados com os anteriormente mencionados.



Com o tempo a vida de Vincent vai-se tornando cada vez mais e mais complicada (ocorrem várias e várias reviravoltas) fazendo com que o jogador sinta-se na pele do protagonista já que para além da história ser emocionante e retratar um tema do dia-dia temos um papel muito importante sobre a mesma, uma vez que temos de fazer escolhas que influenciarão o final que obteremos, dos oito existentes.



O trabalho feito pela produtora foi exemplar sendo que em termos de história Catherine apresenta um desenvolvimento e um conteúdo excelente e mais que tudo inovador porque nunca outro jogo abordou um tema semelhante ao de Catherine.



Som

Banda sonora boa e interessante juntamente com vozes de qualidade constituem Catherine a nível sonoro.



Gráficos

Em termos gráficos Catherine encontra-se muito bom principalmente nas cinemáticas. Apresenta algumas falhas como uma falta de variedade em alguns cenários, nos pesadelos de Vincent, mas nada de muito grave.



Jogabilidade

Existem dois tipos de jogabilidade presentes em Catherine: Um característico dos pesadelos e outro característico das “ secções no bar” antes de Vincent ir dormir, ou seja, antes de ter os pesadelos.


A jogabilidade dos pesadelos consiste basicamente em empurrar, puxar blocos de forma a arranjar caminho até ao topo, onde se encontra uma porta. Ao alcançarem a mesma terminam o nível em que estão e vão parar a um local onde se encontram outras pessoas (vistas por Vincent como ovelhas e que nos vêem também como ovelhas) que costumam a frequentar o bar onde Vincent vai com regularidade (após o “incidente” com Catherine passa a frequentá-lo todos os dias). Nesse local podem falar com as pessoas e descobrir novas técnicas para atravessar os níveis ou ajudar algumas delas, incentivando-as a continuarem a escalar. No mesmo local, existe uma sala, que na verdade é mais um elevador, onde Vincent é questionado pelo tal Diabo sendo que o mesmo tem de escolher uma das duas alavancas presentes nessa sala, para responder à pergunta imposta pelo Diabo. Após essa pergunta o elevador sobe e vocês passam para o seguinte nível do pesadelo ou terminam o mesmo.



Cada pesadelo pode ser constituído por dois, três, quatro ou cinco níveis, o que significa que ao terminarem todos os níveis de um determinado pesadelo o mesmo termina e Vincent acorda.



A outra parte em que assumimos o controlo do Vincent é no bar. Nestas sequências a jogabilidade assume uma “postura” totalmente distinta na medida em que a mesma foca-se na história sobretudo, ou seja, enquanto vocês estiverem no bar o vosso objectivo consiste apenas em falar com os vossos amigos e conhecer pessoas (desconhecidos que também frequentam regularmente o bar) de modo a descobrir o que se está a passar com cada um e de modo ajudá-los (quase todos os personagens possuem problemas); em responder a mensagens da Katherine e/ou da Catherine o que influenciará muito o vosso final (depende das vossas respostas, têm sempre várias opções de resposta para uma determinada mensagem) e em praticar para os pesadelos jogando um jogo numa máquina que se encontra no bar e que possui uma jogabilidade muito semelhante à dos pesadelos.



Não existe uma altura certa para abandonar o bar, ou seja, simplesmente abandonam o bar quando quiserem, saindo pela porta fora ou então esperando a que alguém questione Vincent se este já vai embora ou não (por exemplo às vezes os amigos dele vão embora e perguntam a Vincent se ele também vem).

Por fim em termos de longevidade o jogo demora cerca de 10 a 15 horas dependendo muito de jogador para jogador. Para além de possuir um valor de repetição bastante bom devido à variedade de finais.



Pontos Fortes:

- História excelente e inovadora;
- Jogabilidade a nível do bar encontra-se muito boa;
- Som, no geral, muito competente;
- 8 Finais diferentes

Pontos Fracos

- Jogabilidade a nível dos pesadelos competente mas ainda assim necessitava de um refinamento em certos aspectos;
- Em termos visuais o jogo poderia ser mais original nos pesadelos ainda que de certa forma isso não prejudique a experiência;

Verídico

História (100): História muito envolvente, excelente em conteúdo e desenvolvimento e refrescante para a indústria pelo seu carácter inovador.

Som (90): Competência neste “campo” não falta ainda que algumas vozes não possuam tanta qualidade e haja uma falta de músicas de enorme qualidade.

Gráficos (90): Visualmente muito bom e competente tecnicamente, no entanto, poderia ter tido um maior destaque.

Jogabilidade (85): As secções no bar são espectaculares já as dos pesadelos sofrem por vezes de problemas como o facto de serem constantemente parecidas entre si, no entanto as mesmas apresentam qualidade ainda que pudessem ser melhores.

Nota Final: 91 (Catherine é obrigatório principalmente para aqueles jogadores que gostem de novidades, de jogos que tentam inovar a indústria e levar a mesma a outro patamar).

Escrito por: Leandro Baptista

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