domingo, 11 de novembro de 2012

Max Payne 3 Análise


História

A história decorre vários anos após o último jogo da série sendo que Max Payne encontra-se agora a viver a vida sem se preocupar com nada, apenas bebendo bebidas alcoólicas e consumindo drogas. Tudo isto com a intenção de esquecer os momentos trágicos que vivenciou enquanto trabalhava como polícia em New York.


Certo dia, Max, vê-se implicado numa situação de vida ou morte pelo facto de insultar Tony De Marco, filho de Anthony De Marco, um dos maiores criminosos de New Jersey (cidade na qual Max Payne encontra-se a viver actualmente). No entanto, e antes que a situação se agrave, Raúl Passos (um brasileiro que também estava no bar onde ocorre este conflito) afugenta Tony De Marco e os restantes mafiosos que o acompanhavam.



Após conversar com Passos, Max Payne, descobre que Raúl é um seu velho conhecido, ou pelo menos é o que ele afirma. E então, confiando no mesmo, Max acaba por passar o resto da noite com o seu recente/antigo amigo, bebendo e conversando sobre a vida.



Mas, as coisas não correm como planeado, e muitas tragédias ocorrem durante essa mesma noite fazendo com que Passos, que só se encontrava de passagem nos Estados Unidos, convide Payne a ir para o Brasil, mais precisamente para São Paulo trabalhar como guarda-costas de uma família milionária, da qual Rául Passos já é guarda-costas há algum tempo. Devido aos problemas que surgem nessa noite Max ainda que um pouco revoltado acaba aceitando e juntamente com Passos “embarca” numa viagem rumo ao Brasil.



Por outro lado, aquilo que parecia ser um novo começo para Max, rapidamente torna-se um inferno para o mesmo, visto este implicar-se numa situação arriscadíssima em que tudo depende praticamente de si, e um passo em falso poderá resultar em inúmeras consequências desastrosas.



Sendo assim a história é envolvente, desenvolve-se de uma maneria espectacular, possui várias reviravoltas e gira em volta de constates mistérios que irão sendo desvendados com o desenrolar da mesma, ou seja, em termos de história pode-se concluir que Max Payne 3 é excelente.



Som

Vozes de grande qualidade (incluindo as vozes em brasileiro que se encontram boas) acompanhadas de uma excelente banda sonora definem Max Payne 3 em termos sonoros. Para além disso há que acrescentar que a banda sonora combina na perfeição com as situações, sendo que por vezes esta consegue fazer com que certas secções de jogo tenham uma intensidade muito maior do que teriam sem “aquela” música em específico, colocada pela rockstar numa determinada parte do jogo.



Gráficos

A nível do grafismo a produtora também fez um excelente trabalho, já que o jogo apresenta uma qualidade gráfica exuberante retratando o Brasil de uma forma incrível e muito credível (ainda que tenha feito confusões em certos aspectos como as favelas, pondo no jogo, favelas estilo as do Rio de Janeiro e não como as de São Paulo).



Jogabilidade

Quanto à jogabilidade Max Payne 3 também se encontra muito bom apresentando uma jogabilidade fiel à série (o sistema de “ bullet time” retornou, ou seja, têm a opção de fazer com que os inimigos e o próprio Max fiquem em câmara lenta) e ao mesmo tempo melhor em certos aspectos como a física das personagens, dos objectos, dos cenários, sendo que tudo em Max Payne 3 parece tão natural (os inimigos reagem de uma maneria surpreendente e a maneira como Max Payne executa acções como andar, correr, trocar de arma, carregar a arma encontra-se impressionante e muito realista); o número de armas disponíveis, que agora é bem maior do que nos outros jogos; a variedade de situações que Max defronta fazendo com que os tiroteios variem muito e jamais se tornem repetitivos.



Relativamente à longevidade podem contar com cerca de 15 horas de jogo no modo campanha e ainda com um multijogador bastante completo e interessante.


Multijogador

Acerca do multijogador, algo nunca antes visto na franquia, é certo que foi uma boa adição pois a jogabilidade presente neste modo é exactamente igual à da campanha, ou seja, até o “ bullet time” foi incrementado.




Podem criar clãs e fazer com que os mesmos ganhem destaque nos ranks, ou então, se preferirem podem se unir a clãs já criados, como o clã da gamestop, da ign, da própria rockstar ou dos vossos amigos e de desconhecidos. Estar num clã possui vantagens uma vez que se jogarem com membros do vosso clã recebem o dobro da experiência que obtêm por jogar com pessoas de clãs distintos.



Os modos de jogo não fogem muito dos tradicionais, presentes em quase todos os videojogos que apresentam uma vertente online, ou seja, modos como “ todos contra todos”; “ combate mortal por equipas” estão presentes em Max Payne 3. Todavia existem dois modos criados exclusivamente para este jogo sendo eles “ guerra de gangues” em que os jogadores são divididos em duas equipas sendo que cada uma corresponde a um grupo característico de Max Payne 3 (a um guangue existente no Universo do jogo). O objectivo é realizar missões que apesar de serem distintas das da outra equipa, estão inter-relacionadas entre si, o que obriga a que uma equipa falhe sempre um objectivo e a outra complete-o. O desenrolar desses objectivos fará com que os seguintes sejam diferentes pelo que, este modo de jogo, acaba por ser bastante variado. Outro aspecto presente no mesmo, é o facto de haver cenas de corte entre cada objectivo que mudam também conforme o que ocorra, o que contribui também para a variedade do modo.



O outro modo de jogo é o “ Payne Killer” em que dois jogadores, dos presentes numa partida, assumem o papel de Max e de Passos. Basicamente o objectivo de ambos é sobreviver contando para isso com analgésicos para curar a vida e com várias armas, de modo a derrotar com facilidade os adversários. Por outro lado os restantes jogadores têm, como é óbvio, o objectivo de mata-los.
O jogador que matar o Passos ou o Max assume o papel do mesmo respectivamente, o que leva a que muitos jogadores tenham a oportunidade de experimentar a sensação de encarnar Passos ou Max neste modo.



Resumindo e concluindo, estes dois modos de jogo são realmente uma grande adição ao multijogador valendo muito a pena conferi-los por vocês mesmos.



Sobre o multijogador falta apenas referir que podem personalizar as personagens presentes à vossa disposição (sendo que algumas vão sendo desbloqueadas de acordo com a vossa progressão no multijogador), comprar armas e equipamento e personalizar aspectos como o vosso avatar ou o que levarão para uma determinada partida.



Pontos Fortes:

- História excelente;
- Banda sonora e vozes magníficas;
- Grafismo de luxo;
- Física do jogo;
- Jogabilidade cumpre bem o seu papel;
- Modo Multijogador competente e bastante divertido

Pontos Fracos

- Sente-se a necessidade de uma maior variedade (a jogabilidade consiste praticamente em matar inimigos atrás de inimigos, ainda que isso seja divertido e de certa forma esteja variado);
- Linearidade pode não agradar a todos

Verídico

História (95): Narrativa de grande qualidade que envolve o jogador até ao fim da mesma.

Som (95): Vozes e banda sonora “ arrepiantes” (excepcionais).

Gráficos (95): Gráficos de se tirar o chapéu. Espectaculares!

Jogabilidade (90): Bastante competente, no entanto, a produtora deveria ter diversificado um pouco mais a mesma, ou seja, em vez de pôr tantos tiroteios, deveria ter acrescentado alguns elementos tais como a exploração ou secções de plataformas.

Nota Final: 94 (Max Payne 3 é sem dúvida uma experiência incrível e bastante complexa, que deve ser jogada principalmente por todos aqueles que gostem de jogos de acção ou que dão enorme importância a um enredo).


Escrito por: Leandro Baptista

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